O toque no ombro do autor, o Diabo Velho anda por perto dos narradores atentos à vida, mesmo que seja um ato de perdição, e que bela viagem a leitura nos proporciona nas crônicas de Caio Teixeira. O livro é como um canto que do poético se transforma na narrativa sobre o cotidiano. Jornalista de profissão, Caio diz o que tem para contar numa linguagem palatável e nem por isso simples ou pobre. Ao contrário, a quase imperceptível poesia escondida em sua prosa é o que resulta na coleção de textos e ideias, que vão sutilmente compartilhando seu olhar sobre o mundo através dos sentimentos e um convite a arrebatar o coração dos leitores. Sua narrativa é ao mesmo tempo jornalismo e poesia, concreto e abstrato, num momento impressionista, no outro surreal. É texto leve, veloz e profundo.