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Crer ou não crer? Essa poderia ser a dúvida de um Hamlet contemporâneo. Os que buscam descrever o mundo em que vivemos são unânimes em apontar um desencantamento que estaria atingindo, inclusive, todas as instituições, abrindo espaço a um individualismo exacerbado. Uns o chamam, alarmados, “a era do vazio”; outros buscam nele esboçar uma imagem de progresso e de liberdade; terceiros se perguntam se já não há indícios de uma “nova cultura” em gestação. Com isso, a grande questão torna-se hoje a do crer e de suas diversas patologias. Questão que ultrapassa amplamente o quadro da religião e seu pretenso “retorno”. Em outros pontos, também, dogmatismos e clericalismos ameaçam, ainda mais temíveis por se apresentarem como saberes. Em política ou em economia, na ciência ou na religião, temos de aprender a distinguir a crença cega da convicção racional, a pura credulidade da determinação refletida. É a essa paciente e minuciosa interrogação que nos convida A Força da Convicção, do ensaísta francês Jean-Claude Guillebaud: em que podemos crer?
“Podemos lembrar, como exemplo, a economia e a ciência cada vez mais clericalizadas, ou seja, esquecidas, tanto uma quanto a outra, de suas premissas inaugurais”, escreve o autor. “Globalmente, o que está retornando para reencantar o mundo (e da pior maneira possível) não é verdadeiramente a religião tradicional. É, em geral, a certeza obtusa, o dogmatismo fechado em si mesmo, a arrogância do falso saber. Em síntese, vemo-nos cercados do que os judeus, os cristãos e alguns psicanalistas chamam de idolatria. (...) Por conseguinte, é a idolatria em geral – seja ela religiosa ou laica – que temos de responsabilizar se quisermos fazer com que a liberdade do espírito ainda tenha sentido. É apontando a patologia da crença em todos os lugares em que ela se manifesta que podemos esperar tornar imaginável e praticável essa força de convicção de que parecemos estar demasiadamente desprovidos.”
Em A Força da Convicção, cuidadosa e articuladamente, mantendo sempre um diálogo com numerosas outras vozes atuais, Guillebaud vai, em suas próprias palavras, “capinando o terreno” para “clarear a paisagem”, desbastando os paradoxos que nos cercam, mostrando que as ciências que se dizem e se pretendem objetivas estão igualmente eivadas de crenças. Crenças que chegam até a alicerçar invisíveis ou camufladas ideologias, que desmoralizam sua sempre alegada neutralidade.
Nome
A FORÇA DA CONVICÇAO: EM QUE PODEMOS CRER?
CodBarra
9788528612929
Segmento
Humanidades
Encadernação
Brochura
Idioma
Português
Data Lançamento
05/12/2007
Páginas
392
Peso
570,00
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