A experiência da poesia é nosso direito, não apenas no início de nossas vidas, mas também ao longo de todas as nossas existências. Uma experiência regeneradora da linguagem e da subjetividade de cada ser humano. Assim, uma educação autoritária, que marca a primazia do significado funcional mais que o sentido, ou uma indústria cultural e midiática regida apenas pela acumulação de dinheiro, não podem separá-la de nós. Como um relâmpago que tudo nos dá e tudo nos tira, está em nós a escolha de tomá-lo ou deixá-lo ir em uma cadeia solidária que nos encontra despertos para o repasse do tesouro, ou seja, a sensibilidade humana, fonte de onde bebem todos os poemas, todos os seus leitores, todos os poetas, que se põem a dançar na missa do mundo...