Nas últimas décadas, vivenciamos um processo de erosão dos direitos sociais, em virtude das crises econômicas e políticas, do avanço do neoliberalismo e do consequente recuo dos Estados de bem-estar social no seu dever intrínseco de garantir a proteção social, sob a justificativa de seu alto custo e da falta de recursos, comprometendo o exercício das liberdades e a autonomia do indivíduo. Debatendo tais questões, esta obra aborda a trajetória do Estado de bem-estar social e os desafios enfrentados pela seguridade social brasileira na atualidade, como o fenômeno da informalidade no mercado de trabalho e o desvio, para outras finalidades, de parte dos recursos voltados para o financiamento da proteção social, fatores estes que poderão impactar diretamente a sustentabilidade do sistema no futuro.

A autora parte do pressuposto de que a seguridade social é essencial ao equilíbrio e à justiça social, podendo reparar, de certo modo, as desigualdades sociais desencadeadas pela Globalização e pelo capitalismo, possibilitando a desmercadorização da vida humana e oferecendo garantias de oportunidades igualitárias de ascensão social, independentemente do ponto de partida familiar de cada cidadão, rompendo o círculo vicioso da pobreza e da exclusão social.