Alma noturna reflete as noites de um viajante, de um peregrino que, em sua longa jornada, adentra as noites, flana pelas ruas da cidade, pelos campos desertos, pelos lugares sagrados e silenciosos, perdido em seus pensamentos e, ao mesmo tempo, empenha-se em sobreviver, como testemunha de uma teimosa esperança. Oferece um retrato secreto do nosso planeta, numa linguagem incisiva, sem medo de abrir a caixa de Pandora, entregando a alma ao acaso, correndo riscos, saltando, brincando de viver em seu jogo de palavras tão verdadeiro. Algumas vezes mística, outras, filosófica, a poesia de Alexandre Waldrich leva o leitor a um universo paralelo, revelado por meio de suas experiências e aventuras em busca do amor, com uma linguagem transgressora e corajosa.

Alexandre Waldrich é catarinense, de Itajaí. Mudou-se para Porto Alegre, onde concluiu o curso de Letras na Faculdade Porto-Alegrense, em 1992. Logo depois passou a viver no Rio, onde concluiu o curso de Belas Artes (cenografia), em 2002, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Desde cedo, sua vocação para a poesia se manifestou, começando a escrever aos 13 anos de idade. Dentro das artes cênicas, no Rio, fez uma incursão em diversas montagens teatrais, como assistente de cenário e figurino nas peças “Galileu Galilei”, “Despertar da primavera”, “Sonhos de uma noite de verão” e “Céus”.