Ao entrar-se em um Templo, é coisa justa tirar-se os sapatos. Na verdade – onde quer que você pretenda entrar – nenhum Ensinamento entrará em você se você não se despojar da ilusão que o assedia. O que você se acha ser e o que pensa ter são vestimentas supérfluas no Templo onde você tem intenção de se apresentar, para tirar a rolha que obtura sua aspiração. O desenvolvimento humano é o processo de crescimento biológico do indivíduo – dividido em fases – no decorrer da vida terrena. Durante a existência, se sai de um estágio – para entrar num outro – de uma sequência de maturidade estabelecida por leis físicas. Evolução Espiritual não é crescimento, é o processo de expansão da consciência. É a libertação, mediante experiências, da incompreensão – dividida em camadas – a qual retarda o cumprimento do destino do imperecível ser, encerrado no corpo físico. Você está aqui, em frente à capa de um Templo. Um Templo é um lugar ou um instrumento, ou a condição que oferece a possibilidade de resolver desequilíbrios internos, os quais interferem no processo de expansão. Um Templo vale quanto outro se – para entrar – você não tiver a delicadeza de tirar-se os sapatos. Se no Templo for guardado o Ensinamento, você não o assimilará se não tiver forças para tirar as vendas à consciência, e as algemas à vontade. Tenha coragem: entre deixando na porta o que você não é e o que na verdade você não tem.