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Fractais, livro de estreia de Arthur C. Gazineu, leva, desde o nome, certo frescor à produção contemporânea, exprimindo com vigor áreas um tanto esquecidas do mundo enquanto inspiração poética; não eximindo-se, por óbvio, de refletir acerca de temas consagrados como o silêncio, a morte, a solidão, a liberdade, o próprio fazer poético e muitos outros. Como diz o próprio poeta, assim ele nos afeta: “Com a sua poesia, bruto poder, inócuo fazer, aérea potência”.
A obra é simples, de fácil acesso, ainda que cada poema esconda silenciosos versos por entre e por sobre aqueles ali escritos. Acerca disso, tenho certeza que diria Arthur somente isto:
“Dentre as minhas criações / O vazio é de todas a mais bonita”.
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Permeado de referências, alusões e acenos a poetas e escritores precedentes, Fractais busca resgatar temas caros à tradição poética, seja sob nova perspectiva ou uma já consagrada. O autor não se exime, porém, de inserir-se em discussões contemporâneas ou expressar-se acerca de temas em voga. A obra constitui uma sinuosa, ainda que amena, jornada por temas como as relações familiares, a morte, o esquecimento, o próprio fazer poético etc. e por formas que vão desde o clássico soneto à modernidade dos caligramas e à fluidez disruptiva do fluxo de consciência.
Arthur, jovem autor, demonstra já em sua primeira obra o que o diferencia da maior parte dos poetas: seu exímio domínio da linguagem, seu olhar arguto e um tanto cansado, e sua irreprimível ambição. Suas palavras pincelam, por vezes, cores e formas e nomes em quadros belíssimos, apesar de terríveis. Elas reclamam, indignadas, de banalidades e inefabilidades, das amenidades da vida e da gravidade da morte, da beleza elusiva e seu gozo que chamamos ilusório. Não há limites para os temas abordados, que vão desde um palavroso elogio ao silêncio até um breve relato da evolução de uma semente em flor.
Fractais é fruto da multiplicidade de um ser que transborda imagens e palavras tão contraditórias quanto complementares, que se reconhece inteiro em cada parte, em cada rebento de sua alma fragmentada em infinitos eus distintos e igualmente completos. Fractais é, em si, o primeiro fractal que ao mundo chega para demonstrar sua multivariada essência em cada poema, que demonstrará sua essência em cada sentença, até que essa remissão seja impossível e que o que reste, de cada parte, de cada fractal, seja tão somente éter.
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Nome
FRACTAIS
CodBarra
9786553612594
Segmento
Literatura e Ficção
Encadernação
Brochura
Idioma
Português
Data Lançamento
31/12/2023
Páginas
92
Peso
200,00
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