Durante a Guerra do Contestado (1912-16), em Santa Catarina, criadores, peões, lavradores, desempregados da estrada de ferro, comerciantes, bodegueiros de estrada, imigrantes europeus, índios, bugreiros, ervateiros, lenhadores, madeireiros e foragidos da justiça formavam a população da região do planalto catarinense.
Homens, mulheres e crianças que enfrentaram, num clima de guerrilha e espionagem, o Exército Brasileiro, policiais e vaqueanos, além de pistoleiros que defendiam os interesses de uma poderosa empresa multinacional – a Southern Brazil Lumber & Colonization Company -, o maior empreendimento madeireiro da América do Sul, de propriedade do magnata norte-americano Percival Farquhar, a quem pertencia a ferrovia Brazil Railway, que cortava o território em conflito.