Organizado em cinco capítulos principais (I. África setentrional e oriental; II. África central; III. África ocidental; IV. Arte africana e signos de riqueza e poder; e V. Arte africana e sua modernização), o catálogo promove reflexões sobre inúmeras formas de expressões estéticas da cultura material africana em suportes variados. Nessa pesquisa, os autores apresentam aspectos culturais, sociais, históricos, geográficos e linguísticos das sociedades e dos grupos estudados, com o intuito de promover uma reflexão sobre o tema que não se restringe à descrição das obras que integram a Coleção em relevo, mas que, por meio destas, discute conceitos e a própria noção de arte, uma vez que questiona a universalização da experiência europeia como modelo normativo. Com efeito, argumentam os autores já na introdução do catálogo, “em culturas antropocêntricas como as não ocidentais, a arte faz parte da vida na mesma dimensão em que a vida faz parte da arte”. (Paulo Daniel Farah, do Prefácio)