É de domínio público que a hipocrisia, antônimo de sinceridade, é o ato de fingir ter crenças, virtudes, ideias e sentimentos que a pessoa na verdade não as possui. A palavra deriva do latim hypocrisis e do grego hupokrisis, ambos significando a representação de um ator, atuação, fingimento (no sentido artístico). Essa palavra passou mais tarde a designar moralmente pessoas que representam, que fingem comportamentos. Um exemplo clássico de ato hipócrita é denunciar alguém por realizar alguma ação enquanto realiza a mesma ação. Neste livro de sonetos, intitulado Momentos e Palcos de Hipocrisia, foram escolhidas dezoito áreas temáticas, em prosa, de escritores consagrados, sobre as quais foram criados os sonetos, não havendo qualquer forma de cumplicidade entre os autores desses temas e o autor deste livro. O hipócrita é alguém que oculta a realidade através de uma máscara de aparência. Mais tarde é que passou a designar as pessoas que representam e que fingem comportamentos. A hipocrisia também é usada num duplo sentido, quando alguém acredita que cabe um conjunto de normas morais a um grupo, e para outro grupo, caberiam outras normas de mesma natureza. Um hipócrita muitas vezes finge possuir boas qualidades para ocultar os seus defeitos, e por isso é também conhecido como uma pessoa dissimulada.