UMA FÁBULA DA INFÂNCIA

Com uma epígrafe de Jean-Jacques Rousseau, o pensador francês, dizendo, com acerto, de que o mundo da imaginação não tem limites, Roberta Martins, com talento e senso de poesia, insere a imaginação da criança na história de sua mãe. E o livro funciona com sucessão de gravuras que chamam a atenção do leitor como se fosse um delirante jogo de armar.

A partir de uma ovelha cor-de-rosa, alcançando uma borboleta, que tem a mesma cor, até a mãe, que é cor-de-rosa, o sol, as flores, o céu. Porque as coisas são o que inventamos e depois começam a nos inventar. Tomando a história a cor da imaginação. E por que não os pássaros? A história ficou como a criança imaginava pela imaginação da mãe, pois só a infância sabe tudo de si mesma.