O livro examina as ideias de Jacques Lacan no "Seminário Momento de concluir", onde se destaca a aplicação da topologia para compreender a estrutura do sujeito na psicanálise. Lacan explora a importância do manejo da pulsão e a transformação que ocorre durante a análise, comparando o processo com a criação de um nó que amarra a estrutura do sujeito, permitindo que ele lide de forma mais ajustada com seu "gozo". A análise é descrita como um processo dinâmico, em que o sujeito, ao enfrentar suas repetições e fixações, passa por cortes e torções simbólicos que o conduzem a uma nova perspectiva sobre si mesmo. No final, a tecitura do "real" e a criação de um "nó borromeano" proporcionam ao sujeito uma nova consistência, reformulando sua relação com o inconsciente.

Além disso, o texto reflete sobre a evolução da psicanálise ao longo de mais de um século, destacando como ela continua a avançar através dos discursos que a exploram, particularmente o discurso do analista. Embora a clínica psicanalítica tenha mantido princípios básicos desde Freud, como a associação livre, ela agora enfrenta novos desafios, especialmente em relação à impossibilidade de dizer tudo, o que leva ao confronto com o real. Lacan recorre à topologia e a conceitos da matemática para abordar essas questões, oferecendo uma abordagem mais direta e eficaz na análise, onde a repetição e o manejo do real se tornam centrais. O texto enfatiza a importância de "escavar" o inconsciente, comparando o processo psicanalítico a uma operação cirúrgica que, ao lidar com o real do sujeito, permite a reconstrução e adaptação da subjetividade.