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O tema central deste livro são as relações entre literatura e poder na República Velha. Simbolismo, parnasianismo, passividade em relação a modelos importados, racismo, dramas da imigração, preconceitos e imposições ideológicas são analisados a partir de um crivo crítico que questiona o cânone literário como espaço de cristalização de valores opressivo das classes dominantes. Segundo o autor, o cânone tem servido a um projeto autoritário de manutenção do poder, combate às diferenças e esvaziamento das múltiplas identidades do território brasileiro. Este volume estuda o totalitarismo e faz parte de uma trilogia sobre o cânone brasileiro, da qual já foram publicados "O cânone colonial" e "O cânone imperial". O foco da análise empreendida pelo autor neste volume é a literatura da República Velha. A primeira parte mostra como funcionam, no parnasianismo e no simbolismo, os mecanismos de conversão à direita dos modelos literários importados; a segunda parte estuda o autoritarismo, a prepotência e o racismo; a terceira é um diagnóstico dos dramas da imigração, com os preconceitos e as imposições ideológicas sofridos por sua identidade. Essa radiografia da "alma nacional" percebe no texto canônico um inconsciente da história, em que projetos oligárquicos são enunciados e legitimados à custa da qualidade poética e da razão prática. Nesse viés comparatista, não hã, porém, mera polêmica: revela-se um patamar de consciência além do horizonte usual. Já não se discute mais o que foi superado. Expõe-se uma diferença. O cânone procura atribuir à história um sentido que ela por si não tem, mas que é proposto como se fosse predestinação divina, a determinar o caminho a ser trilhado. Isso constitui a imagem do país e do homem que nele teria o direito de viver. A tradição autoritária não quer permitir outra opção exceto a sua, como se o "crê ou morre" já não fosse a morte do espírito. Insiste-se aqui na liberdade de pensar e no direito de fazer uma reavaliação consistente. O cânone brasileiro tem sido usado para impor uma política de assimilação que elimina as diferenças culturais e empobrece o espectro de identidades existentes no território. O cânone tenta implantar preconceitos e discriminações para garantir privilégios, mas também, desvela pressupostos, propósitos, articulações e artimanhas. ao superar o temor reverencial corrente, aqui se mostra como tudo isso é humano, demasiado humano. O tema central deste livro são as relações entre literatura e poder na República Velha. Simbolismo, parnasianismo, passividade em relação a modelos importados, racismo, dramas da imigração, preconceitos e imposições ideológicas são analisados a partir de um crivo crítico que questiona o cânone literário como espaço de cristalização de valores opressivos das classes dominantes. Segundo o autor, o cânone tem servido a um projeto autoritário de manutenção do poder, combate às diferenças e esvaziamento das múltiplas identidades do território brasileiro.
Nome
O CANONE REPUBLICANO
CodBarra
9788523006716
Segmento
Humanidades
Encadernação
Brochura
Idioma
Português
Data Lançamento
01/01/2003
Páginas
610
Peso
700,00
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