Na Grécia Antiga, o Olimpo era a morada dos deuses. Lar dos heróis. Local onde ficavam todos aqueles que o povo grego mais admirava. Tanta era essa devoção que, em muitos casos, a fronteira entre a mitologia e a realidade ficava nublada. Era difícil saber onde estava o mundo real e onde começava a religião. O mundo mudou muito depois da Grécia mitológica. , mas este livro (que vocês vão adorar) mostra como os valores sagrados do esporte viajaram no tempo. Os campeões olímpicos de hoje são como os deuses e semideuses do passado. O Olimpo é o pódio, embora possa ser também a vila Olímpica, ou mesmo o campo de jogo. Quando celebramos a vitória de um de nossos atletas, muitas vezes não percebemos que a comemoração inclui não só a admiração profunda pela conquista sobre- humana, mas também uma integração ampla com os valores que a vitória representa. São valores que nos encaminham dentro e fora do esporte. A obsessão com a excelência, a obrigação do jogo limpo, a paixão, a competição... e o espírito esportivo... são conceitos que nos levam tão longe, tanto na vida como quanto na competição. Por mais que o debate fique ancorado em valores assim tão utópicos, o esporte traz na prática a aplicação desta dessa filosofia de vida. A emoção é legítima. E cada campeão inspira um jovem, uma torcedora, de uma maneira única, exclusiva. Fiquei muito honrado em participar deste projeto justamente por entender que a conexão do esporte com a juventude se dá, ao mesmo tempo, de forma coletiva e individual. Cada campeão inspira alguém de alguma maneira especial. Rever, num só volume, a história de todos os nossos medalhistas é uma oportunidade extraordinária para que cada um de nós encontre no Olimpo brasileiro a sua melhor inspiração.

- Carlos Arthur Nuzman