Um trabalho assinado pela Felicia tem de ser conferido de perto. Sei disso porque vôo no mínimo três horas, do Rio a Belém, pelo menos uma vez por ano, para ver o que ela anda inventando. Felicia agita desfiles, organiza coleções, revela talentos do Pará. É um empenho contagiante, que joga a moda como isca e nos leva a descobrir as histórias, os monumentos, as tradições, como a graça da dança do carimbó, as delícias dos restaurantes, tanto dos populares, no Ver-o-peso, como dos elegantes, dignos de qualquer metrópole. Chego a pensar que Felicia mora com a família bem no centro de Belém só para ficar na rota do Círio de Nazaré, que passa na frente do seu prédio.