Escrito em português e inglês, “Orbital” é fruto de registros da autora durante uma longa viagem por diversas cidades como Madrid, Toledo, Lisboa, Berlim, Londres, Beirute, Amsterdam, e também viagens internas a pequenas coisas do dia a dia, que se tornam poesia. A obra revela o olhar particular e poético de Patrícia enquanto transita e Orbita entre um lugar e outro. Em seu texto é possível perceber a influência da física quântica, na maneira como ela correlaciona o macro e o micro. Um cappuccino é capaz de conter a a Via Láctea, e alguns versos levam à uma reflexão bem humorada: “O que você vê depende de onde você está, que tal trocar de lugar?” Sempre indagada sobre a sua condição de artista que transita entre as mais diversas linguagens e funções ela escreve: “Todo mundo quer me localizar. Eu sou uma probabilidade” ou “Todo mundo me pergunta: onde é que você vai parar? Eu não vou parar... Sou sempre movimento!”. Orbital nasce do olhar curioso e atento aos detalhes de sua autora, ela mesma define no verso: “A poesia nasce no olhar do poeta, não existe o alvo, mas existe a seta”.