“Esse menino tem os olhos morteiros”, disse uma tia portuguesa ainda na infância do autor. Essa frase ficou na memória e traduziu-se por uma imensa tristeza sentida pela primeira vez aos quatro anos enquanto observava o pôr do sol, talvez por ser um momento de transição entre o dia e a noite – e tenha percebido a finitude da vida, quando a luz vai embora e o que resta é a escuridão. As poesias estão no ar, nos rostos, nas expressões de amor, de raiva, de desprezo, de qualquer sentimento perceptível pelo olhar. Assim, acredito, construí os poemas que fazem parte deste livro, falam de amor, convivem com o medo, a fome e a morte. São reflexos dos dias, dos ruídos e do sentimento de solidão.



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Em Poesias de Amor, de Vida e de Morte, o autor se expõe por inteiro, apresenta seus medos e procura entender a solidão que lhe vai na alma. Observando a natureza, as pessoas e os animais, principalmente os mais frágeis e abandonados e, prestando atenção ao seu redor, deixa que os seus sentidos absorvam por inteiro o que é possível perceber dos sentimentos alheios traduzindo-os, à sua maneira, o que pensou compreender.

Enfim Poesias de Amor, de Vida e de Morte representa um empréstimo tomado deste mundo em que vivemos.