Este livro desponta em um momento histórico difícil e de muitas lutas frente ao regime de necropolítica imposto aos brasileiros que não comungam dos privilégios do grupo que detém o poder.

Vivemos, tristemente, um período em que a colonialidade do poder, do ser e do saber assumem papel de destaque no cenário sociolinguístico e educacional brasileiro. Nesta conjuntura, testemunhamos a opressão e a destruição das línguas, culturas e demais potencialidades presentes em nossos ricos e complexos contextos multilíngues.

Nosso livro surge, portanto, como uma greta, uma fissura nas rígidas propostas educacionais que menosprezam as línguas e culturas de nosso país. Nele, ousamos sonhar com uma educação multi/bilíngue que desponte como possibilidade de transgressão e insurgência comprometida com a promoção de uma experiência sócio-histórica capaz de causar fissuras nos já arraigados modos de educar.