Ela não usa rodeios: quando ama, não conhece limites, não recua, não se deixa intimidar por barreiras sociais, muito menos culturais. Ela observa: quando quer respostas, busca-as não no raso, mas no fundo, na essência do que muita gente não ousa chegar, muito além do que os olhos podem ver. Priscila Avelar, a autora, narra nesta obra as peripécias às quais quem ama deve estar sinceramente disposto a enfrentar, assim como a delicadeza daquilo a que chamamos “amor” e que, como bem disse outro poeta, “é uma névoa que queima com a primeira luz da realidade” (Charles Bukowski).
Ainda que essa névoa desapareça, Priscila permanece em sua busca, o que a torna, por si só e antecipadamente, vitoriosa. Observar e narrar o desenrolar do amor é, sim, desafiador, doloroso, às vezes francamente insuportável, mas persistir aí traz a maior das recompensas — o aprendizado das circunstâncias que nos levam a viver o que vivemos e a ser quem hoje somos. A autora sabe disso. Sem medo de destrinchar o que diferencia o amor comum dos grandes amores, ela compartilha este livro com todos aqueles que ousam enfrentar o mundo e desejar o Grande Amor. Ao ler suas palavras, todos nós passamos a ter uma só certeza: cedo ou tarde, ela irá encontrá-lo.