O debate sobre o currículo da Educação Física Escolar foi bastante intenso no século XXI. Essas profundas reflexões realizadas por docentes e pesquisadores(as) possibilitaram uma virada epistemológica na função social do componente curricular, já que a Educação Física passou a fazer parte da área de Linguagens e possuir como objeto de estudo as práticas corporais. Se essa realidade já está bem estabelecida na literatura, ainda faltam pesquisas mostrando os saberes dos professores e das professoras que atuam no cotidiano das escolas organizando projetos educativos com a tematização de lutas, danças, esportes, ginásticas, jogos e brincadeiras e a problematização dos marcadores sociais que atravessam essas manifestações da cultura corporal. Dessa forma, esse livro foi produzido com a intencionalidade de apontar análises consistentes sobre a realidade das aulas de Educação Física, a partir da perspectiva de um grupo de educadores e educadoras, que descrevem e analisam suas experiências político-pedagógicas, dialogam sobre a construção curricular na rede de ensino em que atuam, refletem sobre a formação continuada realizada pelos(as) gestores e se posicionam como intelectuais transformadores que se inspiram nas teorias críticas para fomentar o seu trabalho docente.