Falarmos em sensibilidade, criatividade, devoção à poesia é o mesmo que falarmos de Luiz de Miranda. No livro, “Trilogia da Casa de Deus”, Miranda se supera em cada verso. Escritor em tempo integral, Miranda faz da poesia seu modo de viver, convertendo em palavra toda a experiência, voltada, sobretudo, de forma sensorial. São 35 anos de trabalho envolvendo poesia da melhor qualidade. Miranda escreve o que sente, o que respira, o que vive. A mesma particularidade transita para sua poesia amorosa, filosófica ou teológica, porque são pessoas e lugares concretos que motivam a sua manifestação lírica. “Poesia é o roteiro da vida de Miranda: em poesia se transformam os caminhos por onde passa”, afirma Moacyr Scliar. Miranda é um poeta andarilho que converte em lirismo todo o seu potencial de vida. Em Trilogia da Casa de Deus, todo seu desempenho poético é efusão, transbordamento vocabular. De acordo com Tabajara Ruas, “Miranda escolheu para si, a cruz da poesia”. É dela que se alimenta, que se transforma, que perpetua seu espírito criador. Deve ser por isso, que Carlos Drummond de Andrade descreveu assim a poesia de Miranda: “Poesia aberta, comunicante, como um sopro de vida e insatisfação”. Poeta de altíssima sensibilidade presenteia a todos com mais este livro, “Trilogia da Casa de Deus”, elenco lírico resultado de uma trajetória de 35 anos que, certamente, não ficará despercebido dos apreciadores da fabulosa arte de transformar o real no mais solene em rima e verso.